O esquecimento é um elemento fundamental,
já a lembrança é fatal.
A confiança é natural, já a decepção é imortal.
Livro de cabeceira: histórias e outras conversas; nos mares, nos barcos, nas viagens, em todos os lugares. Tudo o que vi, conheci e vivi... ou ainda vou querer.
O esquecimento é um elemento fundamental,
já a lembrança é fatal.
A confiança é natural, já a decepção é imortal.
Aii, seu eu fosse um dragão de sete cabeças!
Usaria todos os meus chapéus,
e ainda soltaria fogo pelas ventas…
Um dia eu acordei e tinha passado dos 40,
fiquei pensando se voltava a dormir,
mas achei que da próxima vez que acordasse
estaria na casa dos 50.
Resolvi seguir velejando pelos mares a fora.
Emitir promissórias, é coisa que fazemos a vida toda,
Sem nem lembrar que o tempo corre ao seu encontro;
e um belo dia bate à sua porta com a cobrança na mão.
Como estou aborrecida com as mentiras,
e toda a humanidade:
Preventivamente vou mandar
todos APAPÚ
As pessoas adoram olhar pela janela,
por cima do muro.
Subir até o mais alto ‘Belvedere’
para ver além das montanhas, do mar.
A vista se alargar na necessidade
de um horizonte sem fim.
Como estou aborrecida com as mentiras,
e toda a humanidade:
Preventivamente, vou mandar todos APAPÚ.
Qual é a sua crise?
Qual é a sua sorte?
Qual é a sua falta?
Qual é a sua?
Qual é seu norte?
Hoje numa volta ao passado, ganhei
de mim mesma , sapatos femininos, de salto.
Estou encantada com essa nova versão
dos meus lindos pezinhos calçados,
depois de 10 anos descalça.
Nem se partisse, nem se ficasse.
Nem se houvesse lua ou mesmo chuva
teria de volta o tempo que insiste em passar.
Os olhos nublam minhas impressões,
As lembranças estão condenadas à morte,
Minha juventude me escapou pelos dedos;
e fiquei a ver navios à beira do cais.
Minha tolerância ainda não é zero,
Minha paciência ainda não acabou,
Mas de certo o mundo tá no fim
Porque já não aguento mais:
tanta burrice, tanta incompetência ,
tanta imbecilidade, tanta neura,
tanta idiotice, tanta irresponsabilidade.
Estou desenvolvendo uma certa alergia da humanidade.
.
Quando morrer não saberei mais nada,
a não ser que mais nada vale a pena,
nem a vida, nem a sorte !
entre ratos e baratas,
entre sol sem sombras e mar de ondas,
sem abrigo, só vento e pedras,
sem banheiro e banho só salgado,
alimento frio, bebidas quentes
como o calor do verão,
uma idade que se diverte
e os caos vira casos pra contar depois