Livro de cabeceira: histórias e outras conversas; nos mares, nos barcos, nas viagens, em todos os lugares. Tudo o que vi, conheci e vivi... ou ainda vou querer.
segunda-feira, 17 de abril de 2006
Metáforas
Não se brinca com metáforas,
o amor pode nascer de uma simples metáfora.
Ao me apaixonar por um sonho, senti todas as emoções,
a vontade de sorrir, sair caminhando,
com a impressão de todo um mundo entardecendo.
No mesmo sonho, mesmo instante, num momento de prazer e cumplicidade;
te escolher... ao colher uma flor,desmanchar-se ao aroma da noite e dos amores, das pessoas...
Depois vem a chuva e a cada gota inunda um sentimento
que já nem posso senti-lo, senão ao te ver partir.
E quero tudo, todas as emoções;
porque não te amo no momento em que me adoras.
Depois vou te sorrir, te envolver, mais nada; tanto nada...
que nem sei amar, senão a quem me odeia
e por um único segundo me esqueci da angústia;
dessa solidão que me devora.
Me desfaz , maltrata e ama; num amor exclusivo
de delírios e sombras, tão frio que nem sinto o ardor do seu corpo aquecido ao sol.
Como uma dor pungente que não dói,
goteja de loucura e fantasia.
Entrego a cada palavra, aos pedaços, o meu corpo,
aos punhados, como terra antes da chuva,
antes de se tornar barro, para me transformar,
tornar à unidade expressa por mãos,
que ocultam os segredos dos sonhos, da verdade, do óbvio.
Tenho ainda uma vontade de sair correndo,
percorrendo esta estrada,
a gruta... a água,
os pássaros negros povoam meus pensamentos.
Há momentos que me deixa...perplexa, louca... só;
pois ainda existe essa nossa forma de sobrevivência,
que se debate, grita e de súbito explode em lágrimas,
me alimenta e sufoca, não de prazer,
mas de insanidade e medo... paixão.
O que há entre essas mentes que só não resistem ao encontro
dos corpos nesses desvarios.
Te vejo refletido em cada gesto e desejo,
e sei que vou te amar, em algum lugar...
e neste instante estaremos totalmente entregues à paixão, ao infinito.
E te amo.. como jamais supus te amar,
mas nem isso te basta, queres menos... tão pouco,
que ainda guardo de toda nossa imensa brasa,
a sensação de inexistência, da impossibilidade
e me desfaço diante de qualquer emoção.
E te ameaço, nessa transparência que te intimida,
enlouquece e desvanece tuas emoções.
E te empurra... te descobre no momento da escolha...
de ser capaz de te fazer feliz.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário