segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Brincando com metáforas

 

De repente
de frente
desnudo a emoção
de olhar
a descoberta...
te encobre
recobre de desejo
beijo...
a rua – nua
tua .. tão tua
entardece a noite
A lua ...
te veste
despe a fantasia.
A pele - repele, arrepia
no toque...
vasculho
e me entorno
transbordo.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Das coisas que gosto

 

Não abro mão:
de viajar
de dormir
de me divertir
de conhecer gente
de descobrir lugares.

E das que não gosto nem me preocupo.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O discurso

 

Outro dia, naqueles dias que são perfeitos
porque não esperamos nada, nem planejamos nada
mas que no fim o acaso cuida de fazer as coisas acontecerem,
então foi num dia assim que vi O  Discurso do Rei,
depois de uma viagem agradabilissima e
um almoço maravilhoso com uma amiga,
porque essas coisas so acontecem
com pessoas que tem a mesma sintonia da gente.
Vi o  filme, que  tem a sutileza da angustia,
a cumplicidade da solidariedade, a força do carater.
Vi antes do Oscar por indicação de uma amiga,
e quer saber eu gostei muito, quase sofri com Bertie,
embora contos de fadas reais não são bem a minha praia.
Revi os dramas e os esforços de superação,
de uma pessoa que não era comum por que era um prïncipe,
mas porque superou o medo
e conheceu  a fronteira dos seus limites e a ultrapassou.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Noite a dentro

 

Daqui a pouco é amanhã
e eu ainda nem sonhei
nem adormeci
Me esqueci de  mim mesma  do lado de fora!

És tão profundamente..

 

…Vazia a casa
Raios, no entanto, desse olhar sobejo
Oblíquos cristalizam tua ausência.
Vejo-te em cada prisma, refletindo
Diagonalmente a múltipla esperança
(…)
Numa perplexidade de criança.

Conjugação do Ausente - Vinicius de Moraes.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Espaço de encontros e desencontros

 

Lanterna dos Afogados”, velha sala negra de um sobrado colonial, que acolhia os negros que trabalhavam no cais, marinheiros, mulheres, todos o frequentavam para ouvir músicas, modas tocadas ao violão, histórias de arrepiar.
O botequim pertencia à viúva de um marinheiro que o montara havia muitos anos, ela era uma mulata escura que fazia arroz-doce para os fregueses e “bóia” para os marinheiros..
Lá em cima do morro via a fila de luzes que era a cidade em baixo. Sons de violão se arrastavam pelo morro mal a Lua aparecia..
árvores que se fecham, o silêncio do mato, sem fim se estende na sua frente.
Ficava no Cais do porto, onde as mulheres esperavam seus maridos voltarem do mar, naquela angústia de não saber se voltariam, os aguardavam à noite, no porto, com suas lanternas acesas a fim de ajudá-los a encontrar mais facilmente o caminho de volta pra casa.

Outros encontraram o caminho do mar, que era a única solução para a vida de solidão que levavam. O espaço condicionou as ações das pessoas, que era marca da liberdade e da tristeza, da vida e da morte.

Jibiabá – Jorge Amado -1935

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dia perfeito

 

Começa assim, uma noite quente te põe  pra  fora da cama cedo.
Então ponho o pé na estrada e vou de encontro à minha grande amiga .
E o dia fica assim perfeito, com horas de conversas  sem fim,
risadas, planos, sombra e mais risadas.
Horas. horas e horas a fio da mais absoluta tranquilidade e felicidade.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Naquele dia

 

Resumir as emoções em palavras
Resumir o passado em partidas
Resumir o futuro em desejos
Resumir a vida, vivendo.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Por inteiro


eu em vivo em pedaços
não sei ficar de abraços cruzados
as repostas ficam arquivadas no passado
entendo pouco de outras coisas
mas gosto mesmo é de palavras
qualquer pensamento escrito
é a solução do silêncio falado.

Sublimar

 

 

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A tirinha peguei lá no blog da Kiki

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Enquanto estiver muda

 

Se eu pudesse pensar sem palavras
Se fosse ontem o meu entardecer perfeito
Uma lasca de pensamento me retornaria à realidade
Mas agora distribuio martelos ao inferno ou
pelo menos esse é o desejo que  transpiro.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

José Saramago

 

O amor não resolve nada.
O amor é uma coisa pessoal, e
alimenta-se do respeito mútuo.
Mas isto não transcende o colectivo.
Levamos já dois mil anos
dizendo-nos isso de amar-nos uns aos outros.
E serviu de alguma coisa?
Poderíamos mudá-lo por respeitar-nos uns aos outros,
para ver se assim tem mais eficácia.
Porque o amor não é suficiente.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Aquarela

 

Depois de muitas horas de trabalho
meu barco agora está funcional.
E o calor para rimar está infernal.
Estou quase desejando o frio outonal
para não desejar sair do meu corpo,
que derrete, nesses 42 graus.

Ao autor o mérito

 
Como na internet o proprietário de palavras, imagens e tudo mais se dilui no movimento entre as pessoas, não faço idéia de quem é o texto realmente, afinal já o recebi com diversos autores,  ele reflete hoje a maturidade dos sentimentos, as conversas pela noite a dentro, a vontade que a felicidade seja para qualquer um e que o adeus não é pra sempre e nem nunca mais, ai vai:
Viver não dói...
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um
amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional."

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Só por enquanto..

 

Por enquanto – Legião urbana na voz de Cassia Eller

Olha o passado de presente!

Corro pra rua e vejo a tempestade

 

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado,
quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
haja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

Chico Buarque – Bom Conselho

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tolerância Zero

 

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Na filosofia Hindu

 

A Primeira Lei  da espiritualidade indiana diz:
“ A pessoa que chega é a pessoa certa .“

A Segunda Lei diz:
” O que aconteceu é a únca coisa que poderia ter acontecido.”

A Terceira Lei diz:
“ Qualquer momento que algo se inicia, é o momento certo.”

A Quarta e última Lei diz:
” Quando algo termina, termina! “