Um ditado, uma história,
uma festa, um fim de ano, uma viagem.
Ou é na contra-mão, na contra-regra,
na contra-corrente, ou contrassenso,
contra a lei, ou só é do contra.
Livro de cabeceira: histórias e outras conversas; nos mares, nos barcos, nas viagens, em todos os lugares. Tudo o que vi, conheci e vivi... ou ainda vou querer.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Do contra
domingo, 13 de dezembro de 2009
sábado, 12 de dezembro de 2009
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
O pai dos burros
Quase nunca falo de livros, embora adore ler.
Porque considero, livros uma escolha pessoal e intransferível.
Tá certo que o título me chamou atenção por causa das lembranças de infância,
das expressões do meu pai e de boas recordações.
Porém nem tem muito a ver com o contexto do meu passado,
mas ao mesmo tempo está muito ligado à um sentimento que me persegue há anos,
quando leio artigos em jornais, revistas, blogs, sites, alguns livros; a
idéia de que os jornalistas e/ou escritores estão subestimando a inteligência
e a capacidade de compreenção ou abstração do leitor, posso até estar exagerando,
claro que nem tudo que está escrito é assim, mas essas frases feitas e lugares-comuns
( .. ‘que tem origem no ‘medo do desconhecido’, no conforto medíocre de quem, preferindo não arriscar, se basta com fórmulas prontas ‘ – H. L. Mencken )
se tornaram figuras de linguagens e clichês irritantes, de pouca criatividade.
O livro é O PAI DOS BURROS de Humberto Werneck;
e como também tenho minha coleção parecida com a do autor,
e compartilho com ele a mesma aversão a pobreza de linguagem,
vou criar aqui um espaço para citar essas frases feitas e lugares-comuns
pra distrair, criticar, irritar ou divertir quem vier me visitar.
Para entender um pouco do que se trata o livro transcrevo um trecho:
”Se escrever vale a pena, deve ser para enunciar algo novo - e me parece um contrassenso,
sobretudo no jornalismo, tentar passar o novo com linguagem velha.
(…)Ele não pretende ser um index prohitorium. Nada de polícia.
Não se ofenda nem se avexe se encontrar aqui alguma ou muitas de suas expressões prediletas.
Há várias que também são minhas. O que se quer com esse livro é apenas recomendar desconfiança diante de tudo aquilo que, no ato de escrever, saia pelos dedos com demasiada facilidade.
Porque nada verdadeiramente bom costuma vir nesse automatismo.”
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Fim de ano
Para qualquer dezembro encomendo:
Dias de sol e beijos na boca
Manhãs de chuva para dormir até mais tarde,
Sonhos, ou um bom livro para noites insones
Amores possíveis para fazer feliz,
Mas somente um amor impossivel em toda a vida,
para contar as lembranças, aventuras e desventuras aos netos.
Trilhas sonoras: dançantes, divertidas, emocionantes.
Amigos pra viajar, rir, brincar, dançar,
matar as saudades, jogar conversa fora,
para abraçar, para chorar de emoção, sorrir
e ver o entardecer na rede,
o amanhecer na praia,
a lua no mar.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Ctrl+S
Coisas que não se salvam automaticamente
estão começando a me irritar.
Prevenir o imprevisível é banal
como a rotina de dias iguais.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
As escolhas
Sinto como se o tempo estivesse esgotando
saindo pelas frestas das janelas,
entres os dedos, de baixo da porta
mais nada me anima;
aguardo numa espera que me angustia,
numa vida que não quero
uma rotina que me consome
e me faz ver somente os limites
não saio do lugar, não me mexo
minha mente ainda tem pequenos desejos e
planos, mas meu corpo esta estagnado,
conformado, deformado
quero mover, correr, partir
mas essa letargia me mantém refém
da paralisia que é minha vida agora.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Cartas ao portador
Enviar essas cartas, mesmo ainda fora de hora,
serão respostas à futuras perguntas.
Na verdade eu só me cansei, não de viver, não é nada disso,
mas é da humanidade, da natureza humana,
das coisas que fazem as pessoas tão interessantes e
tão irritantes e repelentes!
Acabou o gás ou a energia, também não faz mais diferença nada disso, é que cheguei naquele momento
onde os valores perderam a importância.
Para quem enviar cartas? Por que enviá-las?
O que faltou dizer que não pode ser calado?
Ou deixar perdido numa memória volátil e imprecisa.
Houve um instante que a vida passaria despercebida,
numa normalidada banal, e nem todas as palavras escritas
ou faladas causariam mudanças no rumo do comum.
Foi um desejo, quase inconsciente, que me moveu até aqui,
e sem censura as cartas que ainda estou para escrever,
contará uma história que já não me pertence.
O prazo de validade acabou.
E mesmo sem conhecer o último dia o sinto por perto!
O peso da eternidade
Uma eternidade dura uns cinquenta anos..
Conheço gente que vive hoje uma eternidade,
ou talvez, quase duas.
Agora, se for pra frente, mais cinquenta anos,
realmente é uma eternidade.
domingo, 22 de novembro de 2009
Álbum de retratos
Percebo a medida do tempo,
quando vejo um rosto envelhecer
da esquerda pra direta
numa fila de fotos
desde a infância até ontem.
sábado, 21 de novembro de 2009
E vem chegando o verão..
Aqui no mar o calor é adorável!
O verde marazul é aconchegante e refrescante!
As noites são de brisa estrelada e conversa fiada!
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Outono é as cores de algumas pessoas
Tenho um amigo, que não conheço, e que
mora num dos meus países prediletos, que nunca fui;
E que escreveu:
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Outono
O tempo está horrivel em Budapeste.
Frio e muito vento, os dias estao cinzentos, escuros.
Mais deprê do que isso foi a resposta que escutei hoje na portaria do prédio onde trabalho quando perguntei quando o tempo iria mudar.
A resposta foi simples e bem objetiva.
- Em Abril!
Vai lá visitar.. megvilagosodas.blogspot.com
Já tive oportunidade de um outono muito parecido com esse acima, e devo dizer que adorei, virou minha estação predileta, embora eu ande sempre em direção ao sol e ao calor, quando der, vou de novo descer nessa estação.
sábado, 14 de novembro de 2009
DD/MM/AAAA
Toda vez que preciso digitar minha data de nascimento,
percebo que ela está, a cada dia, mais longe de mim.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Poesia
Amor, então,
também, acaba?
Não, que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima.
Paulo Leminski
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
sábado, 24 de outubro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Verão, nem tanto!
Memórias vivas, sem mim,
sobrevivem com desenvoltura!
Prefiro esquecer o que nem me lembro.
E não ver o tempo, as nuvens.
A chuva, chorando na minha janela,
uma pioggia senza all’anima e cativa!
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Um mês – 30 longos e molhados dias
Odeio dias inteiros de chuva,
odeio chuva, odeio chuva
E só não vou morar num deserto
porque lá, faz muito frio de noite!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
sábado, 10 de outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Intermediário
De pensamentos em dias de chuva:
Sempre tenho a impressão que a vida
agora é provisória,
como se estivesse a espera
de alguma coisa definitiva.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
E se … as contas dos brasileiros.
O mundo e suas malditas, pobre e inúteis teorias:
se fulano perder por 5 pontos e o outro ganhar por x gol
e beltrano ganhar em terceiro lugar e
e se ainda alguém votar e um milhão torcer:
e finalmente pra quem acredita e reza muito
terá um brasileiro campeão de qualquer porcaria desnecessária.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
Quero (ainda)
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
Inexoravelmente sei
Que deixaste de amar-me,
Que nunca me amaste antes.
Se não disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamoamo,
Verdade fulminante que acabas de desentranhar,
Eu me precipito no caos,
Essa coleção de objetos de não-amor.
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Quero
Quero que todos os dias do ano
todos os dias da vida
de meia em meia hora
de 5 em 5 minutos
me digas: Eu te amo.
Carlos Drummond de Andrade
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Que horas são?
Uma hora, não 6 horas
Que horas são?
Mais cinco, menos cinco
noves fora…
Confuso horário!
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
Expresso 2222
Estou contando os minutos, e
exatamente agora,
faltam 2222 minutos!
Pra chegar no paraíso,
pra beijar na boca,
pra matar a saudades que me mata!
domingo, 13 de setembro de 2009
Então, é amanhã
Depois, mais umas 27 horas,
e nem acredito, estarei em casa!!
Deve ser por isso que chove sem parar.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Boa sorte, amiga!
Vida de vagamundo.
Nem consigo imaginar:
Voltar à rotina diária
de trânsito, neura e
horários estreitos!
Se quiser abandonar tudo nós compreenderemos!!
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Ogni anno un kilo in píu
um fio de cabelo branco, o primeiro
óculos para ler de noite – 0.5 °
aos poucos chega a promissória por ter arrivado aos 4.5
Núm3r0s
3 meses: o que fiquei aqui
5 dias :o que falta para partir
1 fio de cabelo branco: o primeiro
½ grau: óculos para ler de noite
4.5: versão original
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
Penelope
Descobri onde quero morar por um ano
Toda a ilha tem 3.600 habitantes,
Mas no inverno mais da metade vai embora.
Pera Pegadhi – o lugar mais bonito
Kioni – um lugarejo perfeito para ancorar
Vathi – é aqui mesmo
Polis – meu último banho no mar grego na baia do amor de Penelope
Quer saber como é linda, onde fica, o nome da ilha?
Vai lá:
38 graus 22 minutos 04.44 segundos N
20 graus 42 minutos 56.09 segundos E
domingo, 6 de setembro de 2009
De malas prontas
oitodias
trintaecincominutos
cinquentaetrêssegundos
cinquentaedois
cinquentaeum
cinquentaquarentaenove..
sábado, 5 de setembro de 2009
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
Ano meses dias horas
Mesmo que não pense nisso todo o tempo,
o tempo passa e passa e
me aborrece envelhecer tão rapidamente,
me faltam tantas coisas pra fazer.
E não é aqui!
Há lugares que chove
Há lugares que pega fogo
Há lugares lindos
Há os que quero conhecer
Outros que não quero voltar
Mas por enquanto só tem um
lugar que quero estar agora.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
14 giorni
Ainda não estou de malas prontas, porque não vai caber!
Haja malas, e alças e rodas!!!
É incrível viajo leve , 14 kilos para 3 meses.
Agora já dobrei o volume das malas.
domingo, 30 de agosto de 2009
Outros números
1400 litros diesel
450 A/ dia
280 litros de água/ dia
4 litros de leito/ dia
15 potes do maravilhoso iogurte grego/ dia
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Números
Em 31dias:
700 pratos descartáveis +
1800 copos descartáveis +
4000 guardanapos+
24 rolos de papel toalha+
98 rolos de papel higiênico+
1600 litros de lixo =
15 hóspedes a bordo
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
domingo, 23 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
A paz e o silêncio
A regra, a partir de hoje meia noite, é:
comunicação somente através de sinais,
se quiser conversar, só teclando no msn.
Acabou-se o que era doce
Na verdade o fim esperado
é sempre festejado!
Partiram todos, amém!
Adoro ouvir o silêncio!
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Limites
A neuro, a guerra, a gritaria,
criançada desgovernada,
era tanto, que sobrou até pra mim;
Quatro pontos no meu pé esquerdo!
Férias em família, italiana,
é coisa de gente maluca!
sábado, 15 de agosto de 2009
Tanto quanto
Quando as horas são lentas
Quando os dias são longos
Quando o tempo que passa
não é o tempo que que falta.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Possibilidades
A vida não é possível
senão em doses estratégicas,
de vento, amor, calor, sol e silêncio.
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Insano
Acabei de crer que o todo mundo é louco
e é melhor de longe!
Observar de longe, alias se possível
de binóculo!
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
A Grécia é longe
E a internet instável como a neura das pessoas.
Nem sei quanto tempo faz que estou longe…
Perdi a conta ou nem quero pensar.
Tá certo que é outro país, do outro lado do oceano,
num outro mar azul, mas dessa vez estou cansada,
fisicamente cansada!
Só consigo morrer a meia noite
e ressucitar no manhã seguinte às 7h.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Record: nadando cinco mil milhas
E eu que achei que não podia ser pior!?!
Mas a natureza humana pode me surpreeende sempre;
mesmo que seja de forma irritante!
Tem dias que me imagino pulando
nesse maravilhoso mar azul
e ir nadando no rumo de casa.
As pessoas complicam muito a própria vida!
Preguiçaaaaaaaa!
sábado, 18 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Tô quase precisando um day off
Explodiu a mangueira da água quente,
Vapor e água para todos os lados,
Lógico que isso só acontece na minha hora de descanso!
quarta-feira, 15 de julho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
Aria
“A vita no si misura dal numero di respiro,
ma dai luoghi che ci tolgano il respiro”.
Carlo Rossela
segunda-feira, 13 de julho de 2009
- Não conte a ninguém!
- Pode deixar, de vez enquando,
contarei a mim mesmo. Mas de certo nao acreditarei!
Eterno
Daqui mil anos posso afirmar,
sem sombra de dúvida,
que nem eu e nem ninguém
que eu conheça será vivo.
Mas ainda haverá sol, mar, vento e calor!
Dieta do paladar
Chocolate com laranja
Soda limonada com cerveja
Pomodorini, basilico
Tutti il formaggi del mundo
Haja força de vontade!
domingo, 12 de julho de 2009
sábado, 11 de julho de 2009
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Total flex
Duas mulheres conversando no ônibus:
- Meu marido é bipolar, um dia acorda maravilhoso,
quando chega para o almoço já virou o capeta.
- Já o meu marido é flex.. é movido a vários combustíveis,
cerveja, vodca, cachaça!
Demorou!!
Na Itália, está sendo aprovada uma lei que,
estuprador, quando preso e julgado,
deverá cumprir todos os dias, meses e anos da sua condenação,
sem poder sair da prisão antes do último dia da condenação.
Taí um bom exemplo a seguir!!!
quinta-feira, 9 de julho de 2009
terça-feira, 7 de julho de 2009
quinta-feira, 2 de julho de 2009
O que alimenta a saudade
Palavras diárias de um planos futuros,
do cotidiano, anche da lontano.
Puszi
segunda-feira, 29 de junho de 2009
Ditatura da saúde
determinações de verão:
dieta, exercício, corrida,
números XP, XXP e P.
xiiiiiiiii… são doze meses verão!
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Uma semana
Ainda não deu tempo de fazer tudo.
Ainda não deu tempo de acostumar;
ainda não deu o tempo de voltar.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Veia poética
Veio das palavras lidas, desde cedo;
escritas, desde a escola;
faladas e ouvidas dos outros;
sonhadas e inventadas por mim;
cantadas, imprescindiveis… concursadas
e publicadas, no mar de concreto,
no mar de montanhas; nas águas altas, doces;
mas o que temperou mesmo foi o sal do marinho.
quarta-feira, 24 de junho de 2009
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Cansei, dormi e ainda não cheguei
É sempre do mesmo jeito,
todas as vezes
uma partida longa,
uma espera eterna.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Na partida
Algumas lembranças sempre trazem consigo, algum prazer indescrítivel, como um sorriso sem jeito, numa hora inesperada
…e assim os desejos se satisfazem dos acasos.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Daqui pra frente
A partir de amanhã,
os dias passarão um a um,
somente depois da metade,
é que a contagem será regressiva.
Buda Peste Chico Rio
ou significar o sonho que desejei. Na próxima escala caminharei por Buda e Peste.
Na cidade amarela e antiga das linhas descritas pelo autor.
A música da palavra falada, o som da palavra ao escrita,
guardam em mim a ausência, a agonia, a solidão e a saudades de ser estrangeira
terça-feira, 16 de junho de 2009
Sala de espera
Já estou de malas prontas
Não é a primeira nem a última vez,
mas sempre deixa saudades prévias!
Cuidado alheio
Andar com meus próprios pés,
é coisa que faço desde que nasci,
e sozinha; e as vezes até de salto alto!
domingo, 14 de junho de 2009
Como as pessoas se esquecem de quem foram
Nunca sei o que é pior, se é a incapacidade de ouvir a própria intuição ou o medo que racionaliza e congela a solidariedade?
Presenciei às avessas um comportamento humano que me causou muita tristeza e repulsa.
Apareceram dois jovem de bike num encontro do povo do mar, jovens, simpáticos e duros queriam confratenizar e conhecer gente dos mares, pois seus universos estavam sobre duas rodas. Eram divertidos, educados, inteligentes e sensíveis.
Como alguns de nós ainda nos lembramos das nossas peripécias juvenis, ou porque temos filhos na mesma idade e torcemos que alguém faça por eles o mesmo que nós, adotamos parceladamente esses dois jovens, um casal os convidou pra jantar, eu e o aquarela emprestamos duas camas pra dormir, e um amigo ofereceu o café da manhã.
Para ser sincera segui unicamente minha intuição e capacidade de reconhecer o lado do bem nas pessoas e também numa forma de retribuir e de agradecimento à toda gentileza e carinho que recebi durante todo meu percurso náutico até hoje.
No dia seguinte, outras conversas, batalhas e troca de idéias dariam o rumo dos acontecimentos, mas o que aconteceu foi outra coisa, algo muito infeliz diga- se de passagem, uma personagem não fictícia teve um comportamento pleno de ‘pré-conceito’, e esbarrando à falta de educação, cortou o sonho jovem pela raiz, como um mau a ser estirpado. Porque não os conhecia, porque viajavam de bike, porque tinham mochilas nas costas, filmavam e fotografavam tudo com curiosidade, porque não fez as perguntas para conhecê-los, porque não sabia que eram estudantes e formandos, porque decidir é se responsabilizar e não decidir também, porque juntou nas próprias idéias e palavras argumentos racionais pra não confiar nos jovens. Magoados partiram.
Quando soube do desfecho da história, fiquei triste e aborrecida como a natureza humana está se esquecendo da solidariedade, aquela solidariedade que não cobra na saída.
E que horas mais tarde ovaciona atitudes tão altruístas de outras pessoas.
O que eu faço eu acredito e assumo, sempre! Cuidado o medo congela!
E sem nem esperar vem a surpresa e a certeza de ter seguido a intuição verdadeira.
Hoje de manhã no que fui me despedir do Aquarela, e passar o checklist para inverná-lo, me deparei com uma carta de agradecimento, amizade, carinho e um presente símbolico de dois jovens de bikes que pedaram de volta pra casa na chuva.
Boa viagem amigos de 2 rodas.
domingo, 7 de junho de 2009
Leda
Me esqueci do que é inesquecível.
Fique dois dias tentando me lembrar,
do que não poderia deixar passar em branco.
Minha amiga, quero pra vc um sonho, uma viagem,
uns amigos e amigas para comemorar a vida,
um bom vinho, um mar calmo e quente, uma fogueira,
um livro, a música, um amor, um milhão de beijos,
alguma felicidade, pouquissimas lágrimas,
muitos sorrisos e qualquer loucura.
Bom também
Sofá, pipoca, filme e cobertor nos dias frios.
Chocolate quente em dias de chuva.
Pilhas de edredon no inverno.
Dormir com cobertor de orelha, bom também!
sábado, 6 de junho de 2009
sexta-feira, 5 de junho de 2009
quinta-feira, 4 de junho de 2009
De novo, não existe nada
Hoje é só remaker, será que já se criou tudo?
O inédito já estreou ou o ingresso esgotou.
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Inverno
Tem dias que penso no frio,
e com muito frio.
Só penso em seguir o sol
num eterno rumo leste.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Detesto, odeio e me irrito com o frio
Se eu acreditasse em reencardenação,
diria que fui moradora de rua na Sibéria;
de tanto que não gosto de inverno.
segunda-feira, 1 de junho de 2009
Ao acordar
Um dia eu acordei e tinha passado dos 40,
fiquei pensando se voltava a dormir,
mas achei que da próxima vez que acordasse estaria na casa dos 50. Resolvi seguir velejando pelos mares a fora.
domingo, 31 de maio de 2009
Dias de tempestades
O esquecimento é um elemento fundamental,
já a lembrança é fatal.
A confiança é natural, já a decepção é imortal.
sexta-feira, 29 de maio de 2009
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Eu sou um dragão
Aii, seu eu fosse um dragão de sete cabeças!
Usaria todos os meus chapéus,
e ainda soltaria fogo pelas ventas…
sábado, 23 de maio de 2009
Ao acordar
Um dia eu acordei e tinha passado dos 40,
fiquei pensando se voltava a dormir,
mas achei que da próxima vez que acordasse
estaria na casa dos 50.
Resolvi seguir velejando pelos mares a fora.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Resgatando promissórias
Emitir promissórias, é coisa que fazemos a vida toda,
Sem nem lembrar que o tempo corre ao seu encontro;
e um belo dia bate à sua porta com a cobrança na mão.
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Ainda
Como estou aborrecida com as mentiras,
e toda a humanidade:
Preventivamente vou mandar
todos APAPÚ
Vista permanente
As pessoas adoram olhar pela janela,
por cima do muro.
Subir até o mais alto ‘Belvedere’
para ver além das montanhas, do mar.
A vista se alargar na necessidade
de um horizonte sem fim.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Natureza humana
Como estou aborrecida com as mentiras,
e toda a humanidade:
Preventivamente, vou mandar todos APAPÚ.
quarta-feira, 13 de maio de 2009
terça-feira, 12 de maio de 2009
Qual, que nada!?!
Qual é a sua crise?
Qual é a sua sorte?
Qual é a sua falta?
Qual é a sua?
Qual é seu norte?
segunda-feira, 11 de maio de 2009
De volta ao passado
Hoje numa volta ao passado, ganhei
de mim mesma , sapatos femininos, de salto.
Estou encantada com essa nova versão
dos meus lindos pezinhos calçados,
depois de 10 anos descalça.
domingo, 10 de maio de 2009
Nem
Nem se partisse, nem se ficasse.
Nem se houvesse lua ou mesmo chuva
teria de volta o tempo que insiste em passar.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
À beira da vida
Os olhos nublam minhas impressões,
As lembranças estão condenadas à morte,
Minha juventude me escapou pelos dedos;
e fiquei a ver navios à beira do cais.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
quarta-feira, 6 de maio de 2009
terça-feira, 5 de maio de 2009
In
Minha tolerância ainda não é zero,
Minha paciência ainda não acabou,
Mas de certo o mundo tá no fim
Porque já não aguento mais:
tanta burrice, tanta incompetência ,
tanta imbecilidade, tanta neura,
tanta idiotice, tanta irresponsabilidade.
Estou desenvolvendo uma certa alergia da humanidade.
.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
No fim das contas
Quando morrer não saberei mais nada,
a não ser que mais nada vale a pena,
nem a vida, nem a sorte !
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Escolher
entre ratos e baratas,
entre sol sem sombras e mar de ondas,
sem abrigo, só vento e pedras,
sem banheiro e banho só salgado,
alimento frio, bebidas quentes
como o calor do verão,
uma idade que se diverte
e os caos vira casos pra contar depois
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Nem
Nem se partisse, nem se ficasse.
Nem se houvesse lua ou mesmo chuva
teria de volta o tempo que insiste em passar.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Prazo de validade
Tudo tem prazo de validade, até a vida.
Mas reencontrar amigas,
mesmo depois de 35 anos,
rir, divertir, brincar, chorar, conversar
são carinhos que o destino nos presentea,
que não tem idade, distância, ou tempo;
e a validade é eterna.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Eu não consigo entender
Há pessoas que adoram organizar,
controlar tudo e todos à sua volta.
Tem soluções maravilhosas;
que não te servem pra nada,
que atropelam teu querer, tuas vontades.
Ainda assim insistem em fazer vc feliz.
terça-feira, 7 de abril de 2009
domingo, 29 de março de 2009
Cansei
Da crise economica mundial
das bobagens que os políticos dizem sem pensar.
Dos ecochatos com atitudes pseudo-ecológicas;
das asneiras humanas.
sábado, 28 de março de 2009
Interferência
Independência, identidade, interessante, inspiração, indestrutível;
inacreditável, impecável, inerente, impossível, idolatrável, irreverente;
infelicidade, incompetente, irritante, incompreensível, inútil;
ilegal, imoral, ignorante, imbecil, indelicado, impróprio, inexperiente;
instável, insônia, indiferente, indeciso, interminável, isolamento;
individual, indomável, incluso, idêntico, irregular, irrisório.
segunda-feira, 23 de março de 2009
Ministério da Saúde Adverte:
‘A idade faz mal a saúde”
(foi o que ouvi ontem numa reportagem do Fantástico)
sábado, 21 de março de 2009
O mundo todo
Conhecer o mundo é meu projeto,
quanto mais percorro os caminhos do mundo;
percebo que o mundo faz parte minha vida.
O diabo e a mulher
Em Minas tem um dito popular que diz
'’O diabo rezou no serviço da mulher”
Significa: faz o serviço da casa hoje,
e amanhã repete tudo de novo…
infinitamente.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Minha casa
Meu espaço é limitado, fisicamente limitado.
Os limites são um sofá, pouco cômodo;
uma mesa alta incomoda, almofadas murchas,
uma TV a cabo que o controle muda de canal infinitamente
e por último o portátil que uso o tempo todo;
para me comunicar, informar, desabafar,
escrever, ver e publicar: não exatamente o que penso,
mas detalhes que observo.
quinta-feira, 19 de março de 2009
O Diabo rezou
Ser mulher é uma coisa que estou dispensando,
é que já vem com um encargo que abro mão.
Pode até ter o lado bom, mas tem um preço alto.
Como dizia o pai de uma amiga:
o diabo rezou no serviço de casa;
todo dia faz, todo dia tem que fazer de novo.
Vou querer brincar disso não!
terça-feira, 17 de março de 2009
Começar e trabalho
As vezes tenho determinações irrevogáveis,
mas as boicoto com armadilhas.
Tenho um querer incansável,
e uma preguiça mortal e paralizante.
Não me movo senão quando é tarde demais.
Agora estou aqui para me livrar desse estigma
Escrever até não ter mais nada a dizer,
nada para pensar e escrever, escrever, escrever.
Moral da história
Quanto mais eu vejo as notícias, o caos político,
mais decepcionada eu fico com a humanidade.
Por príncipio não seria preciso uma lei
para agir com ética e honestidade.
quarta-feira, 11 de março de 2009
segunda-feira, 9 de março de 2009
Jogos de brincar
Nascer mulher era uma coisa que nunca me incomodou
Aliás nem fazia a menor diferença,
Sempre abracei a vida e o mundo com intensidade,
paixão e coragem. Medo nunca tive !
Mas de uns dois anos pra cá, cansei..
enchi, não quero mais brincar disso!
Se houver uma outra rodada, vou mudar de time.
domingo, 8 de março de 2009
Facilidades
As coisas sempre complicam
quando a gente se esforça pra isso.
Simplificar seria muito básico.
Clima e tempestade
Eu queria tanto contar para trás.
Diminuir os dias e aumentar o tempo bom.
E se puder escolher da proxima vez, vir do outro lado.
sexta-feira, 6 de março de 2009
domingo, 1 de março de 2009
De volta pra casa
Minha casa não tem paredes ou teto
Nem portas ou janelas,
Não tem ruas, nem trânsito
Não tem endereço, nem vizinhos
O quintal é grande, mas não é meu.
Guardo na memória seus aromas e suas cores.
Minha casa é esse paraíso que visito
sempre que tenho saudades.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Baia da Ilha grande
Minha casa é móvel, viajo com ela
pra onde houver mais de 2m de água sob a quilha
Mas ao ver a ilha grande já me sinto em casa.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Das coisas que vi e guardei na memória
Ao anoitecer, fomos passear na vila, Maraú,
ainda estava enfeitada com luzes de Natal.
Vi uma menina entretida, sozinha, distraída no seu jogo,
encher um copo descartável, branco
com as pequeninas luzes vermelhas da decoração.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Livre
Me sinto assim acuada por loucuras externas.
Quero sair sem rumo, sem limite, sem objetivo,
Ver as coisas, as pessoas, me misturar e confundir
Com tudo que vejo e tudo que não sei.
Ando cansada da coerção, da neura ,
da tristeza alheia que contamina.
Mundo esta perdendo o encanto.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Felicidade carioca
Desde ontem a vida tem sido mais leve, deve ser o sol, o vento e o rio.
O sorvete, as vitrines, todas essas coisas que fazem daqui um lugar de férias.
A arte, os livros, as possibilidades, um ar qualquer de improvisso, e urgência.
Uma sorte de acordar do lado certo da cama.
Bom dia ao meio dia, ao entardecer espero, lá do alto, o sol se despedir.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
O Rio de Janeiro por Simone de Beauvoir
“O solo eriçou-se de montanhas denteadas, de “dedos de Deus”, e picos sem vegetação, de pães de açúcar; descobri uma baia semeada de inúmeras ilhotas e tão vasta que meu olhar não conseguia abarcá-la por completo. Rio. A beleza de Copacabana é tão simples, que nos cartões postais não a percebemos: foi preciso algum tempo para que ela penetrasse em mim. Abria minha janela no sexto andar; entrava no meu quarto um vapor quente, com um fresco odor de iodo e sal, e o marulho das grandes ondas. A linha dos altos edifícios abraça, em seis quilometros de extensão, a curva doce da vasta praia onde morre o oceano; no meio, uma avenida rigorosamente lisa: nada atrapalha o encontro das fachadas verticais com a areia plana; o despojamento da arquitetura harmoniza-se com a nudez do solo e da água. Uma única mancha de cor, na brancura da praia: pipas de aluguel, vermelhas e amarelas, com manchas pretas. Era inverno, e só se percebiam raras silhuetas, paradas ou em movimento, entre a calçada e o mar. De manhã cedo passam as empregadas do bairro; depois, por volta das 8h, as pessoas que trabalham durante o dia; e finalmente os ociosos e as crianças. Poucos tomam banho: as ondas são fortes demais; há enseadas e praias mais protegidas em outros lugares; em Copacabana as pessoas molham os pés, estendem-se ao sol e jogam futebol. Era difícil pensar que essa solidão indolente, que o esplendor bruto do oceano e dos rochedos pertenciam a uma grande cidade compacta e febril. À noite, uma bruma com cheiro de estufa peneirava as luzes dos edifícios e o neon dos cartazes: e nada mais no mundo se poderia desejar, além dessa cintilação e dessa fresca umidade.
O bairro morre junto a uma rocha cortada por algumas ruas, mas que geralmente se atravessa por túneis. Por toda a cidade do Rio há morros e pedras que interceptam suas ruas, e que são atravessados subterraneamente por avenidas. Esses monte são cobertos de vegetação, e a floresta invade a cidade, sitiada também pelo oceano: nenhuma outra grande cidade pertence tão integralmente à natureza. Um passeio de carro pelo Rio, é uma sequência de escaladas e de curvas, de quedas imprevistas, de descidas íngrimes, com bruscas e magníficas descobertas sobres os rochedos da costa, com seu colar de praias…”
Texto do livro A força das coisas / Simone de Beauvoir em sua visita ao Brasil em 1960
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Assim eu vi o Rio
Declaro que chegar no Rio pelo mar, é uma visão que impressiona não só pela beleza, mas os tons, as sombras, as cores, a grandeza, a beleza das montanhas, as ilhotas, o mar, a baia que une tudo num denominador comum, as águas (poluidíssimas infelizmente) do Atlântico; e ainda uma ponte gigantesca como a hospitalidade brasileira. Embora os cariocas reivendiquem a posse da cidade, o Rio é de quem a ama (e tem milhares de cariocas por adoção), com todos seus problemas de cidade grande, de quem se deslumbra e fica sem fôlego quando deita sobre a cidade o primeiro olhar. Eu que tenho até carteira de identidade, passaporte e namorado carioca, ainda me encanto e fico sem palavras a cada vez que entro no Rio pelo mar; afirmo e dou fé que é a cidade mais linda do mundo (que eu conheço, naturalmente) chegando-se pelo mar.
Assinado: Christina, paulista de nascimento, mineira por criação e carioca por adoção.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Abel Aguilar
Hoje a notícia é triste, porque a morte de um amigo e de forma tão violenta,
leia mais:
http://correio24horas.globo.com/noticias/noticia.asp?codigo=18176&mdl=50
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1069245
http://pintandoosetti.wordpress.com/
http://maracatublog.wordpress.com/2009/02/09/piratas-a-bordo/
nos dá a impressão de que chega, basta de impunidade nesse país, basta de autoridades omissas; onde os assassinos ficam impunes, basta de leis permissivas.
Nem a justiça nem os monstros presos irão dar à viúva nem a orfã um conforto para a dor delas. Nem muito menos a figura paterna que essa criança irá crescer sem, com sua morte , toda a estrutura de uma família foi para o ralo, por que?
Por que esses monstros, usuários de droga (é a desculpa da hora), agem de forma absurdamente violenta, e consciente da impunidade, acabam com vidas, e não só do Abel Aguilar, mas de toda sua família, que terá de aprender a conviver com essa perda, com essa dor, que o tempo pode até amenizar mas não acaba.
Estou cansada de me sentir acuada pela violência que já não é virtual, uma violência que que atingue todos nós e contamina, pois a vontade que dá numa hora dessas é de reagir com as mesmas armas, pegar esses monstros 'drogados’ e fornecer muita droga pra eles, tanta e de uma vez só pra que eles tenham uma grande e única ‘viagem’ sem volta. Cadeia, cortar uma mão, é pouco. Esses infelizes, tutelados por essas infinitas ONGs/ direitos humanos, e por um governo hipócrita, uma justiça capenga, vão continuar do jeito que são, porque também eles fizeram suas escolhas; não me venham falar de doença, porque vício não é doença, é escolha sim, senhores!
Más escolhas, porém escolhas pessoais. Porque afinal ninguém coloca na sua boca, nariz ou veias à força as drogas que vc consome, ou com uma arma na sua cabeça te obrigando a viciar-se. O mundo tá cheio de gente que escolheu o vício e se deu mal e também de exemplos de pessoas que sairam do vício e se salvaram e recuperaram a dignidade.
Não tenho dó dos viciados, se tiver que ter pena de alguém será dos pais e parentes desses desgraçados que fazem a existência de todos um inferno.
O estado peca na educação, nas leis, na punição! E quem paga somos nós cidadãos, que no real conceito dessa palavra, é quem paga imposto, que trabalham e muito, que manteem esse país e que sustenta os incompetentes que fazem as leis .
Um tiro ou dois, a fração de segundos que durou a vida depois do disparo deve ter doido mais que o impacto fisico da bala no corpo, saber que acabou, não há nada pra fazer que mude o fim, o seu fim. O que me dá raiva é me sentir de mãos atadas, me sentir a mercê dessa violência sem poder fazer nada, esse papel de vítima mata por dentro a esperança de viver num Brasil melhor.'
Minha alma fecha os olhos e chora sinceramente.
Abel, descanse em paz!!
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Acontecimentos
Serão todas as lembranças condenadas à morte, porque as esquecerei ou não haverá nada que deixe registrada sua existência?
Tenho algumas lembranças de infância, poucas, detalhes, é como se eu simplesmente não estivesse o tempo todo ali vivendo, somente em alguns momentos eu acessava o mundo com meus dedos, meus olhos, olfato. Sentia com meu corpo todo um instante concreto, depois as imagens se desfazem, por encanto ou mecanismo de defesa, para deixar pra lá qualquer problema.
Vasculhar a memória atrás da minha história trará de volta o que foi arquivado e delegado ao esquecimento, fará bem a minha saúde viver isso tudo de novo, e que importância teriam esses acontecimentos?
Me tornará velha antes do tempo lembrar e escrever, ainda não é a hora de reminicências.
Melhor deixar minhas lembranças pra hora da morte, amém
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Sem lua
Noite passada, navegando;
haviam no céu tantas estrelas,
tantas que parecia que tocavam o mar.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
O tempo não para
Na maioria dos dias
nem me lembro que o tempo voa,
para falar a verdade, nem penso muito nisso.
O tempo, eu sei, continua passando,
independente do meu pensamento,
ou da minha vontade,
mas também não me importo com ele,
na maior parte do tempo.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Ontem
Busquei no espelho uma imagem conhecida,
a ídéia que eu tinha de mim mesma.. uma estranha me sorriu.
Podia ter sido outra pessoa, mas era eu. Não gostei de me ver sem ser como fui ou melhor como me via antes, sem precisar olhar em espelhos, antes de envelhecer, aos poucos, todos os dias e; não se dar conta que é sempre para o fim que caminhamos , nem sei onde ficou minha juventude, meu corpo leve, jovem e saudável, de ontem.
Hoje esta lento e de formas que me são estranhas, que ainda não me acostumei a elas. Me pergunto porque não sou a imagem que tenho de mim mesma, que sei ter sido. Onde envelheci ou fui trocada por essa outra mulher madura?
Quando tinha 15 anos achava que mulheres de 30 anos eram velhas, maduras e experientes, aos 25 já pensava que ao chegar aos 40 eu estaria na reta final pouco restaria de vida dentro de mim, seguiria o rumo da vida como minhas ancestrais, nada de novo pela frente senão aprender a lidar com as perdas.
As perdas vieram assim como os quarenta e poucos anos, e junto com tudo isso vieram novas emoções e mudanças radicais. Que eu nem imaginava ou sonhava. O tempo passou tão rápido que nem lembro de tudo que aconteceu, porque não prestava atenção estava somente vivendo cada instante, mergulhando nas coisas que iam me acontecendo e aparecendo.
Agora as horas se alongam quando me percebo desperdiçando precisos momentos que não poderei recuperar, e ainda há horas que voam alto, longe, desaparecem entre meus dedos quando aproveito os detalhes que me oferece o dia.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Seguindo viagem
Na partida da Baia de Camamu:
O vento em popa
Mar de águas azuis
Ondas raras e correnteza a favor
De noite, estrelas aos montes.
Precisa mais?
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Mapas
Como não me contento em existir simplesmente,
vago pelo mundo, errante.
Onde todos os caminhos me levam
a onde eu quero ir!
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Abril
Confesso que nasci, foi de tardinha e não me lembro ter estado lá, mas há testemunhas do evento. Desde então vejo um mundo,
e transito por ele com alguma desenvoltura, mas não sem paixão ou descaso.
Trato a vida com poucos senões, procuro conhecer cada cantinho, cada detalhe por onde passo. No caminho deixo decepções, carinho, amizade e um pouco de tudo mais as impressões carrego comigo na mochila.
As fotos mais belas são as que guardei com o olhar.
Quando começar a contar o tempo será através dessas viagem
e as estradas que andei, os lugares que vivi um dia, uma semana, qualquer mês ou ano.
Onde começo é passado, onde conto é futuro e por onde passo é agora. Me seguir seria loucura, me alcançar um desafio.
Estou sempre chegando numa estação de primavera, verão, outono ou de trem. E me despedindo no inverno.
Parar é algo que não tem porto ainda, nem projeto; o fim será meu quanto não houver outros paraísos desconhecidos, assim vou adiando o desfecho da história e da vida.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Notícias diárias
todas as palavras já foram usadas,
e gastas de tanto serem repetidas
talvez não haja mais nada para ser dito
domingo, 18 de janeiro de 2009
Afinal de contas
Preciso contar, e recontar.
Pois já cansei de ver um lugar tão perto
que não posso mais alcançar.
Me restou uma foto com zoom.
sábado, 17 de janeiro de 2009
Das coisas que eu sei
Me servem muito pouco.
Tenho estado cansada do conhecimento,
das verdades, e dos argumentos.
As mesmas frases e os mesmos senões.
Nada é novo nas relações humanas.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Antes de partir
Não vou calar, nem deixar de pensar.
Escrever será aos poucos,
para não perder cada palavra.
Os sentimentos deixo pra mais tarde.
domingo, 11 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Os nomes das coisas as coisas dos nomes
Idéias que nascem ao entardecer,
criam vida e voam para longe.
Quando amanhece traz novidades
e dorme até mais tarde.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Ilha dos Tatus
Não há como mudar o passado, talvez só dê para identificar
os momentos que fizeram a diferença,
e que ficaram como marcos na história pessoal.
O que me chama a atenção são justamente os instantes das escolhas,
a intuição, aquela fração de segundos que faz escolher uma coisa à outra.
Por coincidência ou destino passei pelos mesmos lugares,
que reconheço hoje, sem fantasia, que os dispensei um pelo outro.
E estando nesse mesmo lugar, agora sem nenhuma opção para escolher,
sem mudanças para acontecer, sem decisões para tomar, vou me deixar ficar .
No lugar que nunca vivi , que não é meu sonho,
mas que posso me recordar com detalhes e saudades.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Mãos ao alto!
Nas ilhas, nos mares, em terra;
nada é o suficiente ou bom o bastante,
para conter as violências gratuítas.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
Fogo
Alho, azeite, sal grosso e pimenta, mesmo a gosto.
Basta para temperar mas, não para dar sabor.
sábado, 3 de janeiro de 2009
À beira da vida
Os olhos nublam minhas impressões,
As lembranças estão condenadas à morte,
Minha juventude me escapou pelos dedos;
e fiquei a ver navios à beira do cais.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
Coisas que quero pensar mas, só depois
Que a chuva cair, o sol se pôr e meu sorvete derreter:
Da onde vinham as histórias escolhidas, que não vivi,
mas que eu contava com tanta propriedade?