sábado, 30 de julho de 2011

Quebrada de Humahuaca

 

       

            O que mais gosto em viagens é maneira arrebatadora que os contrates das paisagens se apresentam a cada novo lugar. A Região da Quebrada de Humahuaca, na Cordilheira dos Andes, numa altitude de 2300 metros, norte da Argentina é um destino que oferece tudo isso.
            A  pequena e encantadora Tilcara é uma cidade de cores vivas, vento e frio seco, de poeira e árvores frutíferas nas ruas e praças, um povo de ancestrais indígenas - os povos originais - uma gente simpática e hospitaleira.
            A comida local segue a regra de toda a Argentina: carne de ótima qualidade, empanadas leves de todos os sabores, muito chá e o sempre presente dulce de leche.
Caminhar pelas ruas da pequena vila é ótimo programa, para ver as montanhas sem vegetação se colorem de matizes vermelhos ao entardecer. As casas de chá nos fins de tarde são um alento para se aquecer do frio depois dos passeios e jogar conversa fora.
            Já a cidade vizinha, Humahuaca, é um povoado indígena muito antigo, que habita essa região desde antes do homem branco chegar às Américas. É Patrimônio Histórico da Humanidade. Gente alegre,  colorida nas roupas, nas frutas, batatas, choclos (milhos), nas flores sempre vivas e no artesanato diferenciado.
            Emoldurando outro pequeno povoado indígena, na subida da cordilheira, vê-se   El Cerro de las Siete Colores, aqui tudo combina com os tons dos artesanatos locais e das montanhas que abraçam a vila de Purmamarca. Saindo dessa última cidadezinha e começando a subir a cordilheira tem a Cuesta de Lipan, uma estrada que leva para o Paso de Jama, a mais de 4100m de altitude, onde tem a passagem na Cordilheira dos Andes, entre Argentina e o Chile. É uma subida com centenas de curvas muito fechadas que serpenteiam as montanhas áridas e fascinantes, de todas as cores, do lado argentino da Cordilheira.
            Todos esses contrastes e belezas encontrei no caminho para meu destino, San Pedro de Atacama, mas sobre essa viagem conto da próxima vez.

        Como chegar: de avião ir para Salta, cidade mais próxima e capital da província, depois pode alugar um carro, contratar uma excursão (de um dia são mais ou menos 230 km) numa agência de turismo, ou ainda pegar um ônibus na rodoviária e seguir para lá se hospedando nas dezenas de pousadas e hotéis da região. Se estiver com tempo quatro dias está de bom tamanho para explorar a região. Outra opção é ir de carro desde o Brasil.
         Dica: Lá quase não chove, mas faz frio o ano todo. Verão e inverno são a alta temporada e espere encontrar preços mais altos (talvez precise de reservas nas pousadas). Na primavera a temperatura é bastante agradável e como é fora de temporada os preços são bem convidativos.


Texto publicado no site http://osorioshopping.com.br/category/colunas/prazer-em-conhecer/

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