quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Noronha para os íntimos


Sancho004
Em homenagem à REFENO escrevi sobre Noronha, na revista de turismo Shopping Osorio.


Eis um lugar que nos faz sonhar... Mesmo antes de visitar essa ilha, ela já fazia parte do meu imaginário. Sabe aquele lugar que nos faz querer largar tudo e fugir para o paraíso? Esse lugar, pra mim, é Fernando de Noronha.
Pude realizar esse sonho de um jeito especial, quando cheguei a Noronha, pela primeira vez, foi pelo mar, depois de navegar trezentas milhas náuticas, num veloz trimarã, em 22 horas com o vento certo, num mar azul e quente. Foi na famosa Regata Internacional Recife – Noronha.
Desde a chegada, na Baia de Santo Antônio, onde ancoramos, pude perceber que Noronha era muito mais do que eu imaginava: já ali no porto, mesmo com todo trânsito de barcos, a água era transparente, com peixes e golfinhos fazendo a festa de boas vindas.
A melhor forma de conhecer a ilha é caminhando, apesar de alguns morros e do sol dessa latitude, que não tornam muita convidativa a atividade.
Já sabendo disso, a administração da ilha oferece serviço de ônibus, com acesso a quase todas as praias; também é possível o aluguel de um buggy. Com essa mão na roda, é mais fácil descobrir cada cantinho desse paraíso.
A minha praia predileta é a do Sancho, cuja vista, lá do alto, é um cartão postal, e quando se pisa na areia, a surpresa é ainda melhor, há sempre golfinhos nadando muito próximos da gente.
Dali, sempre a pé (pra quem gosta de caminhar, naturalmente), pode-se passar de uma praia a outra com os pés nas águas claras e refrescantes do mar de Noronha, até chegar ao vilarejo.
Outra praia que exige destaque é a Cacimba do Padre, de onde se pode seguir andando até  Boldró, e também mergulhando no mar, até encontrar a praia do Cachorro, onde há uma bica de água doce pra quem quiser tirar o sal. Ali costuma ter luau nas areias e, um pouco mais acima,  pode colocar o esqueleto pra dançar no forró do Cachorro, que acontece praticamente todas as noites.
Outro programa imperdível é o famoso pôr do sol. Todo mundo para pra arrumar um lugarzinho e admirar o instante em que o sol toca o mar com delicadeza, uma experiência não só de tirar o fôlego e fotos, mas de colocar todos os outros entardeceres num lugar comum, porque aqui, de verdade, acontece o pôr do sol mais lindo que já vi.
Não vou ficar aqui repetindo o nome das praias, porque são lindas e vale a pena conhecê-las todas. Se eu conheço todas elas? Não, claro que não! Sempre deixo uma para a próxima visita à ilha.
Setembro é a época de seca, a vegetação não estará muito verde; já em dezembro e janeiro o vento muda, e as praias calmas do lado do continente transformam-se nas ondas perfeitas para o surf e seus campeonatos. Noronha tem ótima estrutura para mergulho, passeios de barcos e afins.
Mas, lembre-se: é uma ilha longe do continente e, por isso, há restrições de abastecimento, o que torna o preço um pouco mais alto. Ainda assim vale gastar um pouco mais para conhecer o lugar.
Ainda não perdi a conta de quantas vezes fui a Fernando de Noronha – tenho-as todas contabilizadas como viagens inesquecíveis – e quero voltar lá muitas outras vezes.
Como chegar: de avião, rápido e prático, vindo de Recife ou Natal; pelo mar, acontece todos os anos, em setembro, a REFENO - Regata Recife- Noronha. Procure no site do Cabanga Iate Club como se inscrever ou, ainda, como arrumar uma carona, ou um charter, para Noronha. Informações práticas podem ser encontradas na internet, no site oficial da ilha. Como é um parque ecológico, exige-se do visitante o pagamento de uma taxa de estadia, que, nos 4 primeiros dias, é razoável e, depois, tem seu valor aumentado em progressão geométrica.
Para ficar: há pousadas e hotéis para todos os gostos e bolsos, de zero a cinco estrelas.
Dicas: Leve repelente, protetor solar aos quilos, óculos escuros, bonés, blusas claras de manga comprida, chinelos, um tênis confortável para andar, maquina fotográfica, máscara, snorkel e nadadeiras.
Beba somente água mineral ou refrigerante sem gelo ou cerveja. A água da ilha não é de muito boa qualidade. Peixe assado na folha de bananeira é uma especialidade do lugar. Leve algum dinheiro, em notas pequenas, por favor, pois lá só existe uma agência bancária do Grupo Santander (Vai que é preciso pagar uma conta e você está em Fernando de Noronha!).

Nenhum comentário: